terça-feira, 27 de abril de 2010

Chega de briga!

Passei nove anos trabalhando nas escolas de ensino fundamental, e no ano de 2009 arrisquei ir para educação infantil. Nem preciso dizer que foi uma pós graduação! Aprendi muito com algumas professoras, com o acervo literário de formação, com um exemplar raríssimo de coordenadora presente e envolvida com nossa prática, e sobretudo, com as crianças. Adaptações à parte, as teorias vistas anos atrás, em tempos de faculdade, passaram a fazer sentido. Uma das preciosidades que encontrei foi o livro "A Ética na Educação Infantil" - citado na postagem "Roda de conversa" - porque fala do velho e conhecido construtivismo com exemplos práticos.
E como o conhecimento não deve ficar guardado com a gente, achei que valeria a pena repassar esse trecho, retirado das páginas 89 à 113 , que mudou totalmente minha prática e DIMINUÍRAM SIGNIFICATIVAMENTE (Aleluia!) a agressividade durante os conflitos em sala de aula. Fica a dica, vale tentar!
"Os conflitos são inevitáveis em uma sala de aula ativa onde ocorre a livre interação social. Em muitas escolas, o conflito é visto como algo indesejável e que deve ser evitado a qualquer custo. Não concordamos com esta visão. Ao invés disso, vemos o conflito e sua resolução como essenciais a um currículo construtivista [...].
É fácil reconhecer o valor prático da capacidade de resolver conflitos interpessoais. Se todos os adultos tivessem esta capacidade, teríamos a paz mundial. A capacidade de resolução de conflito é um importante objetivo construtivista. Entretanto, na teoria de Piaget, o valor do conflito é mais complexo e os fundamentos construtivistas também vão além do valor óbvio. [...] Piaget argumenta que o conflito entre indivíduos pode promover o desenvolvimento moral e intelectual. Isto ocorre pelo descentramento a partir de uma única perspectiva para levar em consideração a perspectiva dos outros e é iniciado pela confrontação com os desejos e idéias de outros. Piaget diz que "Ela (a criança) começa sentir que a consistêcia da lógica e a verdade importam". O conflito interpessoal pode oferecer à criança a consciência de que os outros têm sentimentos, idéias e desejos.
(texto em construção, finalizarei em breve...)

terça-feira, 20 de abril de 2010